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quarta-feira, 4 de junho de 2008

Canavieiras vai sediar primeira indústria de pólen do Nordeste

Diário Oficial do Estado do dia 04/06/2008

APICULTURA Município é o maior produtor local e a Bahia é o segundo estado no ranking nacional.
Recorde mensal: produção média de pólen por colméia é 48 quilos.

A Bahia vai sediar a primeira indústria de pólen do Nordeste e segunda do Brasil. O projeto terá um investimento de R$ 72,38 mil e terá sede no município de Canavieiras, maior produtor do estado.

O anúncio da implantação da fábrica, resultado da parceira entre a Secretaria Agricultura (Seagri), por intermédio da Superintendência da Agricultura familiar da Seagri (Suaf), e a Associação Canavieirense de Apicultores (Acapi), foi feito segunda-feira, durante o 17º Congresso Brasileiro de Apicultura.

O evento segue até o próximo sábado, na Expominas, em Belo Horizonte.

"A meta do Governo da Bahia é inserir 10 mil apicultores no estado e, para isso, estamos promovendo o cadastramento para estudo sobre a cadeia produtiva do mel, apoiando projetos e iniciativas de incremento da produção", declarou o superintendente da Agricultura Familiar, Ailton Florêncio.

Segundo lugar - No ranking nacional, a Bahia está em segundo lugar na produção de pólen, posicionando-se logo depois de Santa Catarina.

O município de Canavieiras, além de ser o maior produtor e o pioneiro na produção, se destaca em relação à freqüência no período de fabricação que vai do mês de janeiro a dezembro, tendo como florada principal as palmáceas, inclusive a palmeira de dendê, camaçari e cajá.

Recorde - O município, onde será instalada a fábrica, também alcançou recorde mensal de produção média de pólen por colméia, com a marca de 48 quilos.
Uma variação significativa, quando comparada ao último número que pertencia ao Rio Grande do Sul, 900 gramas.

Atualmente a Bahia abastece o seu próprio território e exporta o pólen para São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, existindo demanda para os estados de Goiás, Rio Grande do Sul e Distrito Federal, com contrato de fornecimento contínuo tendo como exigência do Selo de Inspeção Federal (SIF).

Inserção nos mercados nacional e externo

Para garantir a inserção desses apicultores no mercado brasileiro e internacional, além de planejar o desenvolvimento da cadeia apícola, a Seagri ainda desenvolve um trabalho pioneiro de cadastramento e inspeção dessas unidades de beneficiamento garantidos pela Agência de defesa Agropecuária da Bahia (Adab).

Para a especialista em apicultura da Seagri, Marivanda Eloy, a indústria de pólen vai agregar valor ao produto e ampliar a renda dos pequenos produtores, que trabalham, quase sempre na clandestinidade.

"Ao diminuir a informalidade, garantimos a esses apicultores um produto de maior qualidade e aceitação, com preço justo e incremento na renda", declarou Marivanda.

Preço - Marivanda também acrescentou que o preço do pólen varia de acordo com as diversas formas de comercialização.

"Em Canavieiras, o pólen é comercializado no atacado por indisponibilidade de oferta no varejo, perdendo desta forma esta fatia do mercado".
Estado quer inserir 10 mil apicultores no mercado
No atacado, o quilo do produto processado vai de R$ 25 a R$ 40. No varejo, é cotado entre R$ 30 e R$ 150.

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