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sábado, 27 de outubro de 2007

Una já não agüenta mais tanto sofrimento

Pelo radialista Renê Sampaio – DRT 6319

Uma cidade que teve sua emancipação política há cerca de 83 anos, Una vem passando por uma serie de políticos importante, que surgiu exatamente no poder de liderança de Dr. João David Fuchs e passou ao domíniode seu duplo genro Manoel Pereira de Almeida, e pode se findar a sua vida histórica a qualquer momento.

Em períodos históricos o município teve seus destaques importantes, inclusive com a circulação de cédulas próprias na década de 50, sendo aceita pelo Banco da Bahia a época. Havia chegadas constantes de navios que ancoravam no porto de Pedras, trazendo alimentos e confecções e levando as riquezas cacauais do período.

Perdendo um dos pedaços de terra mais importantes que se transformou em cidade de Arataca, o município sentiu o impacto na sua economia representada por Xapurí. Prefeito futurista o velho Antonio Andrade só não foi melhor pela ingerência administrativa de seu filho Castilho Andrade, e ainda assim conseguiu implantar o Hotel Transamérica no município.

Um território marcado pela ambição e pelo egoísmo teve tragicamente derrubado o seu brio quando a propósito e por ato de irresponsabilidade, um de seus chefes cortou a arvores mais importante do município, o pé de tamarindo, que seria hoje mais uma atração natural do município. E este talvez tenha sido um dos motivos da morte material de seu criador, o Dr. Almeida.

Já houve prefeitos de jogar dinheiro para o alto, porém pagava metade do salário mínimo aos servidores, não recolhia os encargos e atrasava a folha de pagamento, mais houve prefeitos competentes, que se absteve em usá-la por preferir deixar de ir ao prédio municipal, para evitar os pedidos absurdos dos abutres do poder, e atender em sua própria casa ou em hotéis importantes dos senhores do cacau.

Prefeitos que preferiram usar recursos públicos para formar filhos em faculdades importantes da Bahia, mais que também deixou sua marca positiva pela política assistencialista, e houve até prefeito que trabalhou embora utilizando quase toda a família, não que a sua família não fosse importante no crescimento da administração, porém isto é antiético.

Houve bons parlamentares, mais também houve edis que dormiam bêbado no banheiro da casa do povo e outros até aventaram seus maus odores internos em bom som e em plena sessão, más o parlamento continua sem mostrar serviço quando se refere a fiscalizar atos de irresponsabilidade do executivo, sem nunca em sua história ter instalado ao menos uma comissão de sindicância.

O município venceu a crise da vassoura de bruxa em salto alto, não que seu filho político que ocupava cargo importante no cenário baiano, se interviesse, todavia, graças ao empenho e a diversificação agrícola implementada pelos estrangeiros, principalmente os asiáticos, hoje esquecidos pelos poderes públicos na história do município.

O município hoje talvez viva um dos momentos mais críticos da sua historia político-administrativo, e só não sofre ainda mais graças aos programas sociais do Governo Federal que implementa algo em torno de 40% em sua economia. Os servidores do poder público municipal representaria 40% de circulação nas finanças do município, acaso seus salários fossem pagos com coerência.

Nenhum outro gestor deixou o município à beira do abismo quanto o atual, e se a justiça e o povo não tomar providencias, Una vai se transformar futuramente numa cidade fantasma. O censo é a maior prova disto, e dar uma média de quase 1000 pessoas evadindo do município por ano, sem contar os nascimentos de vivos, que certamente aumentaria a dose.

A sociedade civil, os poderes legislativo e judiciário, e o ministério público precisam está coesos e tomar uma solução imediata a grave crise que assola o pacato povo unense, sob pena de um colapso nos destinos da comunidade. O município hoje que deve a fornecedores, servidores e encargos ao Governo Federal, chegará ao fim do poço e talvez possa não ter mais retorno.