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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Marcos Gomes é condenado a 17 anos

Do: A Região
de cadeia por homicídio, sete anos depois de ter torturado e assassinado um vaqueiro em sua fazenda. Markson Monteiro de Oliveira, o “Marcos Gomes”, é filho do ex-prefeito de Itabuna, Fernando Gomes.

O julgamento aconteceu em Salvador a pedido do Ministério Público Estadual, por causa da possibilidade de ameaças a testemunhas e uso do poder econômico e político para pressionar o juri. Gomes foi julgado por tortura, cárcere privado, homicídio e ocultação de cadáver. 

O condenado não compareceu ao Fórum Ruy Barbosa, por isso foi julgado à revelia e é considerado foragido da Justiça. Quem ajudar em sua fuga ou esconderijo pode ser também indiciado por auxiliar um fugitivo. 

Marcos Gomes assassinou o vaqueiro Alexsandro Honorato, “Nego Leco”, na época com 26 anos. Ele foi morto em 2 de dezembro de 2006, durante uma vaquejada no Haras Redenção, em Floresta Azul, que pertence a Marcos. 

O vaqueiro foi à fazenda levar uns animais e aproveitava para curtir a festa, segundo denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), quando foi reconhecido como o suposto ladrão de um selim (peça utilizada em montaria) da propriedade. 

De acordo com testemunhas, Marcos Gomes amarrou o vaqueiro com arreios de cavalo, o surrou, torturou e manteve em cárcere privado. Depois disso o rapaz desapareceu e a família foi avisada por Emanuel, o Neo do Caminhão, com quem a vítima teria ido à festa. 

O crime talvez ficasse impune se o jornal A Região não tivesse recebido a denúncia do amigo de Alexsandro e encaminhado ao delegado Nelis Araújo, que iniciou de imediato uma investigação. 

Honorato estava em companhia de diversas testemunhas, entre elas Emanoel Leite de Castro, Cláudio Pereira da Rocha, Sérgio Almeida Santos e Romilson Alves Almeida. 

Os crimes 

Segundo uma testemunha, “Leco bebeu muito e caiu bêbado e, quase 10h da noite, Marcos Gomes o reconheceu como o vaqueiro que um dia tinha furtado um selim. Ele começou a espancar com chutes e pontapés, finalizando com chicotadas de tacas de cavalo, a gente não podia fazer nada”. 

Ilmar Barbosa Marinho, o “Mazinho”, também denunciado pelo MPE e com prisão decretada, ficou foragido por quatro anos, mas se entregou em 2010. Segundo o MPE, Marcos Gomes mandou Mazinho providenciar um cabresto para amarrar a vítima. 

Em seguida, a vítima foi arrastada pelos indiciados, sendo trancafiado em um dos cômodos da Fazenda Redenção, onde funcionava um bar. Ilmar Marinho era o responsável pela venda de bebidas e de manter a vítima em cárcere privado. 

De acordo com o Inquérito Policial, no final da festa o vaqueiro foi retirado do quarto por um caminhoneiro, que recebeu e seguiu ordem de Marcos Gomes, sendo colocado no fundo de uma Saveiro ocupada por Mazinho. 

Marcos Gomes e o caminhoneiro seguiram na L 200, no sentido Itororó, parando cerca de 400 metros à frente, no acostamento, quando Marcos e Mazinho tiraram a vítima do fundo da Saveiro e a jogaram na carroceria da L200. 

Marcos e Mazinho, segundo o inquérito, levaram Alexsandro até uma área à margem da estrada, já a caminho de Itapetinga, o mataram e enterraram.

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