Texto na íntegra do blog Pimenta Na Muqueca
O Ministério Público pegou o fio da meada de um novo veio de corrupção praticado por prefeitos baianos. É o dos empréstimos consignados (descontados em folha) contraídos no Banco Matone, que é gaúcho e na Bahia tem uma ponta avançada com o nome de Coordenação de Previdência aos Municípios (CVM).
No inquérito do município de Una, já encaminhado à Justiça, o prefeito José Bispo dos Santos, o Zé Pretinho, é acusado de ter produzido algumas pérolas. Tomou empréstimos para 29 pessoas (R$ 42 mil cada). Um é funcionário e ganha R$ 600 por mês, mas paga R$ 3.750 de prestação (mensal). Outros, sequer são servidores, como a mulher dele.
Um dos secretários colocou irmão, cunhada e sobrinho entre os contemplados. Até um tenente da PM, José Carlos Santos, está no meio, apresentado ao banco (com contracheque falso) como secretário de Turismo. Mais ainda, o prefeito é acusado de ter falsificado o próprio contracheque. Ganha R$ 7,5 mil por mês, mas forjou um de R$ 9,8 mil.
O promotor Valmiro Macedo, que coordena a equipe do chefe do MP, Lidivaldo Brito, para crimes atribuídos a prefeitos, diz que está apurando mais seis casos idênticos.
E está chovendo denúncias.
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