Apoio cultural

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

A puxada do mastro e as autopromoções políticas.

Bel em Direito e Radialista
Renê Sampaio - DRT 6319

É intrigante o questionamento que se faz a respeito da motivação da puxada do mastro em Comandatuba. Trata-se de um momento religioso, político-partidário ou político-administrativo? Ela é partidária ou apartidária?

Não foi observado a presença do Estado Gestor na localidade, nem a presença de liderança religiosa, porém algumas lideranças políticas em momento íntimo de euforia e interação com o público presente. Um deles, ainda se ousou em colocar uma faixa demonstrando apoio incondicional ao evento, noutras épocas isso era significado de propaganda política antecipada.

Ao bem da verdade, a festa é popular e tem se arrastado por anos no distrito de Comandatuba, inclusive digna de aplausos e respeitos da comunidade unense. Porém, alegar tradição não é possível tolerar, tendo em vista que outras práticas religiosas de outrora já não se pratica com tanta ênfase nos dias atuais, a exemplo, da benção pai, benção mãe; batizados e os casamentos religiosos. 

O momento é um ato que seu povo cultua a sua crença e a sua fé. Assim, como em outros eventos religiosos, algumas personalidades políticas ultrapassam a vontade do povo e entranha no movimento, como se personalidade daquele momento, elas fossem, para tirar proveito político. Não há de se enxergar mal político neste ato, todavia é preciso uma reflexão racional a respeito da possibilidade de alguns desses darem apoio maciço ao evento, acaso estivesse no poder e se os que passaram abraçaram a causa no passado. 

2016 é ano de eleições locais, e, portanto, é ano das andanças dos “camaradas” políticos, dos cafezinhos, dos bate-papos e das promoções de atos políticos e de políticos diversos. É ano de caruru cheio de gente na região da Pindorama. Ano em que os políticos sujam as benditas e sagradas mãos de pirão de galinha, abraçam e colocam as crianças no colo. Mas, qual a causa de não persisti com essa pratica ao ingressarem no poder?

As festas chamadas pejorativamente de profanas, são festas populares que buscam a centenas de anos demonstrar a vontade cultural de seu povo. A história nos revela que algumas dessas “tradições” sugiram devido à necessidade dos negros escravos, naquela época excluído do ciclo religioso católico, demonstrar de forma discreta as suas crenças, principalmente nas lavagens das igrejas.

Estes eventos têm sido ato motivador de capitanear votos de demonstrar simpatia política, em especial dos blocos formados por políticos de oposição, não é uma especialidade do município de Una, mas de todo Brasil. E, Una não poderia ser diferente, nossos “amigos” necessitam adquirir a carisma populista nestas festas de caráter popular.

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