Apoio cultural

domingo, 14 de abril de 2013

A redução dos custos administrativos e o freio no derrame de dinheiro público. Precisa-se de prefeito.


Por: Renê Sampaio Medeiros – DRT 6.319
É com bastante pesar que noticiamos o falecimento dos políticos gastões dentro da nova conjuntura política brasileira. O Brasil caminha para uma administração tecnocrata e isso inviabiliza os gastos políticos de forma exacerbada, em prol de uma permanência no Poder.

A nova filosofia administrativa marca o rumo do país a sua respeitabilidade no cenário administrativo mundial. Os sistemas que estão se criando através dos tribunais de contas e da receita federal vai impossibilitar que os políticos façam festas com o dinheiro público. Não é o fim da corrupção, mas um freio sistêmico a sua desordenada pratica costumas no serviço público.

Outrora, os prefeitos, por exemplo, andavam com o talão de cheque no bolso ou sacava cheques nominais na própria tesouraria. Atualmente, as verbas federais jamais podem ser pagas mediantes cheques, mas pela via da transferência entre contas. Acaso, exista a corrupção ficará o rastro no banco. Os recursos do FPM, ICMS, e, com raríssimas exceções de algumas cidades, as receitas próprias, malmente dar para pagar a folha e o serviço de limpeza urbana.  

Nos dias atuais o ingresso no serviço público, pela via do apadrinhamento, tem sido cada dia mais dificultoso para o político colocar seus afilhados, devido às regras impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal e os mecanismos de sanções aplicados pelos tribunais de contas, multas pesadas e parecer pela rejeição de contas. A cada dia, os tribunais de contas tem sido mais técnico e mais informatizados.    

Desta forma, para sentar na cadeira de prefeito é preciso além de político ser um bom técnico profissional, pois se for apenas político, senta e não permanece e se for apenas técnico não consegue chegar ao Poder, ainda. Os costumes do povo não estão moldados ao novo modelo administrativo e os prefeitos que deixam de ser prefeito para ser gestores, vão pagar caro nas urnas.

Fato atípico, nos dias atuais, vai se tornar típico, no futuro. As cidades Catanduvas, no Paraná, Brasileira e Júlio Borges, no Piauí, e muitas outras não tiveram candidatos a prefeitos. O fato vai se tornar típico, pois os políticos ou estarão inelegíveis, ou não terão capacidade técnica nem perfil para administrar a coisa pública. Os técnicos dificilmente conseguem chegar ao Poder pela via democrática. 106 cidades no Brasil tiveram apenas um candidato a prefeito, nas eleições de 2012, conforme a revista isto é.

Um exemplo recente, em nossa região, ocorreu na cidade de Camamu, onde todos os candidatos tiveram seus registros de candidatura indeferidos pela Justiça Eleitoral. Procura-se prefeito é o fenômeno utilizado na cidade de Camamu, mas que deve penetrar em mais outras cidades da região sul do estado da Bahia, em 2016. Vamos aguardar pra ver!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Nosso único objetivo é falar a verdade sobre os fatos e divulgar o que pertence ao interesse povo, sempre prezando pela qualidade da informação.