Por: Renê Sampaio
Medeiros – DRT 6.319
É com bastante pesar que noticiamos o
falecimento dos políticos gastões dentro da nova conjuntura política
brasileira. O Brasil caminha para uma administração tecnocrata e isso inviabiliza
os gastos políticos de forma exacerbada, em prol de uma permanência no Poder.
A nova filosofia administrativa marca o rumo do
país a sua respeitabilidade no cenário administrativo mundial. Os sistemas que
estão se criando através dos tribunais de contas e da receita federal vai
impossibilitar que os políticos façam festas com o dinheiro público. Não é o
fim da corrupção, mas um freio sistêmico a sua desordenada pratica costumas no
serviço público.
Outrora, os prefeitos, por exemplo, andavam com
o talão de cheque no bolso ou sacava cheques nominais na própria tesouraria. Atualmente,
as verbas federais jamais podem ser pagas mediantes cheques, mas pela via da
transferência entre contas. Acaso, exista a corrupção ficará o rastro no banco.
Os recursos do FPM, ICMS, e, com raríssimas exceções de algumas cidades, as
receitas próprias, malmente dar para pagar a folha e o serviço de limpeza
urbana.
Nos dias atuais o ingresso no serviço público, pela
via do apadrinhamento, tem sido cada dia mais dificultoso para o político
colocar seus afilhados, devido às regras impostas pela Lei de Responsabilidade
Fiscal e os mecanismos de sanções aplicados pelos tribunais de contas, multas
pesadas e parecer pela rejeição de contas. A cada dia, os tribunais de contas tem
sido mais técnico e mais informatizados.
Desta forma, para sentar na cadeira de prefeito
é preciso além de político ser um bom técnico profissional, pois se for apenas político,
senta e não permanece e se for apenas técnico não consegue chegar ao Poder,
ainda. Os costumes do povo não estão moldados ao novo modelo administrativo e os
prefeitos que deixam de ser prefeito para ser gestores, vão pagar caro nas urnas.
Fato atípico, nos dias atuais, vai se tornar
típico, no futuro. As cidades Catanduvas, no Paraná, Brasileira e Júlio Borges,
no Piauí, e muitas outras não tiveram candidatos a prefeitos. O fato vai se
tornar típico, pois os políticos ou estarão inelegíveis, ou não terão
capacidade técnica nem perfil para administrar a coisa pública. Os técnicos dificilmente conseguem chegar ao Poder pela via democrática. 106 cidades no Brasil tiveram apenas um candidato a prefeito, nas eleições de 2012, conforme a revista isto é.
Um exemplo recente, em nossa região, ocorreu na
cidade de Camamu, onde todos os candidatos tiveram seus registros de
candidatura indeferidos pela Justiça Eleitoral. Procura-se prefeito é o fenômeno
utilizado na cidade de Camamu, mas que deve penetrar em mais outras cidades da
região sul do estado da Bahia, em 2016. Vamos aguardar pra ver!
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