Por: Renê Sampaio - DRT 6.319
Nós o povo de Una elegemos em Outubro
do ano passado uma prefeita, com o vice a tira-colo, e onze vereadores. Estas pessoas
receberam a nossa procuração para nos defender e defender os interesses
coletivos e da municipalidade. Os problemas sociais é dever deles resolverem,
de forma a atender aos anseios coletivos.
A professora busca um direito que ela
subtende-se ter, mas a lei não lhes dar este direito, conforme os próprios advogados
da sua entidade de classe já demonstraram isso em reunião com APLB. Embora a
lei seja dura, mas ela abre espaço ao relativismo, como toda a vida cotidiana.
No Brasil nem o direito a vida e nem a propriedade é absoluto.
O que sobra nos adversários de
inteligência para fazer politicagem com um caos social, falta habilidade
política no atual governo para administrar o problema, sem que ele ganhe
maiores proporções. Houve prefeito que atrasou e dividiu salário de
professores, e eles, os professores, ainda choraram junto com o crocodilo.
O mesmo presidente de Sindicato que
hoje corteja a professora é o mesmo que se omitiu em 2007, quanto a irresponsabilidade
social de um prefeito que dividiu o salário dos professores em dez vezes, sem
juros. Subtende-se que naquela época, o PT não aventava a possibilidade de
eleger democraticamente um prefeito, muito diferente dos dias atuais. Há um
cheiro de politicagem no ar.
Mas, Jorge, atualmente, não é apenas o
presidente do Sindicato, ele é também um vereador, faz parte do Poder, e tem a
obrigação legal e moral de convocar os colegas para ter um dedo de prosa com a mandatária.
Acaso, ela não concorde, ai sim os vereadores devem abrir o bico para a opinião
pública. Todavia, parece que é melhor tirar proveito político do que resolver o
problema de forma saudável da professora. Isso, a meu ver, é covardia e
desonestidade.
O mesmo partido que nesse momento de
agonia presta solidariedade ao ato da professora é o mesmo que governa o país e
retirou recursos dos municípios para injetar em programas sociais da política
do pão e circo. Política que, aliás, vai quebrar o país, pois existe muita
gente ganhando sem produzir, e os que produzem não recebem o devido valor, como
exemplo a professora Gilmária.
O PT transformou os prefeitos em
esmoler, pois os recursos são escassos e a responsabilidade social se ampliou.
Um PSF, por exemplo, tem um custo médio de R$ 36 mil, porém a União manda
apenas R$ 9.600,00. O hospital municipal, por exemplo, deveria ser mantido pelo
estado da Bahia, mas quem banca a maior parte dos custos é o município. Idem
para as estradas, que o DERBA se omite em consertá-la, a cobrança do povo é
contra a prefeita.
De fato, falta habilidade política por
parte da prefeita Diane Rusciolelli para negociar o caos, já instalado. Porém,
seus advogados, que recebem a peso de ouro e seus assessores diretos deveriam
ser mais coorporativos ao desgaste enfrentado pela prefeita, mas eles preferem a
moita a dar a cara a tapa, como a prefeita está dando. Numa crise dessa nenhum
secretario se manifesta nas redes sociais, nem mesmo a dona da pasta.
A lei, pura e simplesmente, já não é a
dona da atual situação da professora Gilmaria, mas sim, uma questão de direitos
humanos. O humanismo deve sobrepor a legislação neste momento, e a prefeita
deve, com auxilio do legislativo e de seus assessores, anunciar uma proposta
para o conflito. Não ocorrendo esta possibilidade, haverá uma comoção social e
as coisas se inverterem em desfavor do governo.
O manifesto é valido num país democrático,
mas deve ser acobertada, se não da lei, mas pelo senso de justiça. O ato da
professora pode até não ter respaldo legal, mas é uma questão de justiça
social. Ele demonstra não ter cunho político, porém tem diversos, que se
omitiram antes, querendo tirar proveito político da miséria alheia.
O problema não é apenas da prefeita e
da professora Gilmaria, a crise insere toda a sociedade. A coesão neste momento
é a palavra que mais deve ser aplicada neste momento de crise. Diane precisa
sentar com a Câmara, com os assessores e com a manifestante e tirar uma solução
para a crise e URGENTE.