A Máfia do Crédito Consignado que se tornou pioneira na Bahia numa cidade região metropolitana da grande Salvador, ganhou pique e vem sendo investigada em todo o Brasil, porém a de Una foi a que maior teve repercussão.
Já no mês de janeiro de 2007 o jornal A Região estampou em sua matéria de capa a foto com um largo sorriso (sua marca registrada) do prefeito Zé Pretinho (PSB), que naquele momento surgia como um investigado do Ministério Público Estadual, e ganhou notoriedade na imprensa baiana e nacional.
Com um ano de investigação o MP baiano vem descobrindo uma rede desse tipo de empréstimo, em que pessoas que ganham apenas um salario mínimo, tomavam financiamentos para pagar prestações mensais 10 vezes maior do que seus salários recebidos, e com desconto em folha. O pior alguns até conseguiam pagar algumas prestações (ninguém sabe como).
Hoje já se contabiliza mais de 30 prefeituras no estado envolvidas com o mesmo tipo de empréstimo e o banco é o mesmo. Alguns desses prefeitos envolvidos haverão de entregar os verdadeiros lideres do sistema, que o Partido dos Trabalhadores sabe muito bem quem são, embora ainda mantenham seus nomes guardado a 07 chaves.
Os fatos que já estão materializado em juízo, já teve seu primeiro desenrolar com um afastamento preventivo do prefeito Zé Pretinho (PTB), em caráter liminar pelo Juiz da Comarca, cuja decisão está suspensa pela desembardora Rosita Falcão de Almeida Maia. A presidenta do TJB Silvia Zarif, indeferiu o pedido de suspensão da liminar, arguida pelos defensores do acusado.
Zé Pretinho enfrenta na corte especial, da qual a constituição lhes possibilita esse direito, um processo criminal que pede além do seu afastamento, prisão aos envolvidos (quatro foram denunciados), porém este processo está preste a ser julgado pelo Tribunal Pleno da Justiça baiana.
Demonstrando um ato de irresponsabilidade gigantesco o prefeito envolveu 09 parentes, entre sobrinhos, cunhada, irmão, esposa e genro, nem mesmo um de seus compadres ele perdoou, envolvendo na máfia e deixando-o encrencado para o resto da vida. Outro que não aliviou para os parentes foi o chefe de Gabinete, o Zelito, que além de envolver 02 irmãs, 01 irmão e uma 01 sobrinha, também envolveu sua mãe, já na iminência de se aposentar, corre risco inclusive de perder o emprego.
O que se sabe é que por trás de tudo isso, existe uma rede ainda maior de surrupiar os cofres públicos. O Caso certamente vai servir de jurisprudência para os demais casos, cujas características são idênticas o suficiente a envolver também servidores do estado, como foi o caso de Almadina, e também na criação de cargos e altos salários. Um “bom” advogado ( (o do diabo) tem instruído muito mal os prefeitos tomadores de empréstimos.
A proposta de Ação Civil Pública confeccionada pelo promotor Márcio Clóvis Bósio Guimarães em 34 paginas e a Sentença em caráter liminar do Juiz Ricardo Dias de Medeiros Netto, resumida em 10 laudas, confirma a gravidade dos fatos, e a prova disso é que a maioral do Tribunal de Justiça, recusou em retificar a decisão do Juiz.
Numa ação desse nível não se gasta menos de R$ 1.000.000,00 (um milhão) para que os advogados possam ingressar com os recursos na corte superior, e as vezes nem consegue êxito. Zé Pretinho vem sendo acompanhado por mais de 05 advogados e não se sabe como ele vem mantendo os gabaritados profissionais, vez que a suas contas estão bloqueadas e seus bens indisponíveis, além de estar fora do poder, por ordem judicial numa outra Ação Civil Pública.