Por: Renê Sampaio Medeiros - Radialista DRT 6319 e Bacharel em Direito
Alguns podem até pensar de que a polícia se sente confortável com as mortes provocadas pelas brigas por ponto de drogas ou em face dela, em que jovens perdem prematuramente suas vidas, mas tenham certeza que os policiais, enquanto agentes de segurança pública, não sentem-se confortáveis em ver um Estado ofegante e uma sociedade recheada de hipocrisia, dizendo que este sistema de governo (presidencialista) e seu regime democrático é ótimo.
Qual a liberdade de expressão que é dada ao povo brasileiro, num país que repórteres são censurados pelos patrões, que preferem pagar altos salários, com o profissional em casa a tê-lo ao vivo em sua rede televisiva ou falada? Mas, afinal que liberdade é essa, que o cidadão não tem o direito de frequentar um ambiente social por medo da segurança ou por conta de indivíduos mal educados que ouvem porcarias, que eles chamam de música, em seus veículos e querem que os demais ouçam também?
Em um país que nem sequer a segurança jurídica é respeitada, como se falar em democracia? Ministro da mais alta corte do país é escolhido a dedo pela presidência da república, com os meros requisitos, de ter mais de 35 anos de idade, conduta ilibada e notável saber jurídico (nem precisa ser advogado ou bacharel em direito). E os juízes togados não conseguem chegar lá, mas se for homem de notável saber jurídico e amigo do rei (no caso, da rainha), certamente chegará.
Esta violência é fruto de busca pela liberdade de expressão por nós pregada na década de 80. Mas, na nossa Carta Magna/88 foram injetadas diversos direitos sociais, políticos econômicos pelo CENTRÃO que esqueceu que o contraponto de uma sociedade justa e igualitária é o DEVER SER de cada cidadão. País que aluno não respeita professor, nem o pai pode educar seus filhos, não pode ir as ruas pedir ampliação de direitos sociais e políticos.