Os vereadores deverão apreciar até a primeira sessão do mês de novembro, o veto da prefeita Diane Brito Rusciolelli que refugou os Projetos de Lei de n. 943 e 944. Eles aumentavam seus subsídios para R$ 7.500,00, e o do prefeito para R$ 19.656,00. O vice-prefeito passaria a receber R$ 9.828,00 e os secretários iriam receber R$ 6.000,00.
A prefeita fundamentou sua decisão no princípio da supremacia do interesse público e lamentou que não pode conceder o reajuste dos salários dos servidores e dos professores de acordo com a inflação, e portanto, não seria justo reajustar o vencimento dos agentes políticos. O município concedeu apenas 6% (seis por cento) o salário dos servidores.
Os vereadores tendem a derrubar o veto da prefeita, mas a sociedade civil organizada pode convencê-los a mudar de ideia, em face da seria crise financeira, econômica e política, vivenciada pela sociedade brasileira e pelas entidade federativas, em especial, as prefeituras de cidades pequenas que vivem basicamente do Fundo de Participação dos Municípios e da própria tributação. A folha de pagamento da prefeitura de Una, no mês de julho, ultrapassou R$ 2 milhões (veja aqui), enquanto a receita com FPM e ICMS foi de apenas R$ 1.822.611,46 (confira aqui).
A Câmara Municipal de Vereadores tem uma despesa mensal com gasto de pessoal na ordem de R$ 109.945,97 (confira aqui), mas recebe da sociedade, através de repasse do Poder Executivo, recurso na ordem de R$ 164.797.39 (veja aqui), ou seja, a presidência, independente do valor da folha, trabalha com uma margem de R$ 54.851,42 para custear as despesas da Casa Legislativa. O recurso que sobra em caixa deveria ser devolvido ao Tesouro Municipal.
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