INCONSCIÊNCIA
(Márcia Raquel
Santos Bastos)
Preto, branco Amarelo ou mulato Que importa a cor do homem Se caminha escravizado? Rico, pobre ou miserável Na roça ou na cidade Crianças, jovens e velhos Escravos de toda idade Vão povoando a terra Sem controle e sem ciência Desprezando o que é certo Sem pesar na consciência
Nas mansões ou nas favelas
Sobre os morros sem fim Sob as pontes e viadutos São escravos, todos sim! |
Nascem, crescem, comem e bebem
Vagueiam, arrastam correntes Cegos pela vaidade Que corrói as suas mentes
Andam cheios de
certezas
Por nascerem racionais Vão perdendo a consciência Piores que os animais
Renegam a própria raça
Destroem os seres e as matas Subjugam seus semelhantes Espancam, queimam e matam Falam sobre igualdade Mas perseguem as diferenças Escrevem direitos humanos Mas lhes falta complacência Escravos são todos sim Da falta de consciência Pois não amam seu semelhante Oprimem qualquer divergência Preto, branco, amarelo ou mulato Rico, pobre ou miserável Sobre os morros, sob as pontes Escravos da individualidade Pois não olham para o lado Não enxergam a decadência De sua raça que se extingue Ainda falam de consciência... |
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