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quarta-feira, 19 de março de 2014

Se deleite no poema de Luiz Guimarães Roza.

Memórias de um ex-secretario – Da Prefeitura Municipal de Una. Est. da Bahia

Em muita gente – é crença radicada
Que o trabalho que faz o pensamento
É simples; é brinquedo dum momento,
Que vale muito pouco, ou mesmo nada.

Falsa suposição: - é empreitada,
Como às vezes erguer um monumento...
É a pena - à mão que a pões em movimento,
Pesa em geral, mais do que a enxada.

Já pensaram – o que a página mais barata,
Representa de esforço, de canceiras,
De esgotamento que enfraquece e mata?!

Podem crer: - é mais fácil rebentar pedreiras
Cavar buracos ou plantar batata
Que escrever – DUAS LINHAS SEM ASNEIRAS! 

Contudo...
Quem quiser que seja herege,
Quem quiser que seja ateu...
O fato é que Deus protege,
A quem luta assim como eu...
Sonhos, sonhos de grandeza...
Que não os tem desde menino?
Depois, quantas incertezas, vem nos legar o destino?
No ardor da mocidade
Quem castelos não constrói?

Depois... vem a saudade... porque a saudade nos dói!

O autor deste poema viveu em nossa comunidade nos anos 70 até inicio dos 80. Sua ascensão muito rápida ao Poder local, mesmo pregando o comunismo como bandeira e marcado como revolucionário, leva a desconfiança nos dias atuais de ele tenha sido um agente de inteligência enviado pelo extinto SNI (Serviço Nacional de Inteligência) para investigar 11 supostos comunistas que se reuniam em nossa cidade, além do prefeito Liberalino Barboza Souto que se declarava contra o regime militar da época, mas que não era, pois, conta a história, que chegou ao Poder com ajuda mascarada de Dr. Almeida, porém depois ele se rebelou contra o líder cortando seu pé de tamarindo, na cabeceira da ponte.

O pé de tamarindo, assim como os pés de jambeiro, representava o poder de Almeidão na liderança política do município de Una. Roza tornou-se secretário do município dos prefeitos Armil Fuchs, Carlos Cincurá, Liberalino e de João Queiroz. Algumas pessoas mais velhas não sabem do paradeiro do escritor, que sumiu depois que foi exonerado do cargo de secretário. Ninguém sabe como ele surgiu, nem o dia que saiu do município. Atualmente há no bairro Sucupira uma rua que leva o nome do personagem. Observem ser pouco comum Rosa e Barbosa serem escritos com a letra “Z”, mas tanto o do prefeito, quanto o do secretário eram escritos com “Z”, que parece um sinal codificado.

Há suspeitas, também, de que o nome verdadeiro de Roza não seria Luiz Guimarães Roza, mas este foi colocado propositalmente pela agência de inteligência para chamar a atenção das lideranças locais, em relação ao escritor João Guimarães Rosa, este escrito com S, e o dito crescer dentro da sociedade local, ao ponto de chegar ao Poder, para melhor colher as informações desejadas pelo governo militar da época.

Mas, afinal quem foi Luiz Guimarães Roza, um subversivo ou um agente do SNI? Com a palavra os historiadores de Una.

Confira mais um pouco da nossa história escrita por Soane Cristino dos Santos, clicando aqui e aqui.

3 comentários:

  1. Eu tive o privilegio de conviver com o Sr. Luiz Guimarães, quando ainda imberbe aprendi muito
    sempre consultava-o nas questões dos trabalhos Legislativos. Foi assim, que comecei a trabalhar. Ele Secretario de Administração da Prefeitura e sua Esposa Dona Nenê era Oficial Administrativo da Câmara. Sua filha Maria Amélia Dutra Guimarães é uma das personalidades de destaques no Estado da Paraíba. Natan.

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    1. Por que Natan não conta o resto da história? De nada valeria a pena os ensinamentos do Seu Luiz Guimarães e a educação de d. Nenê, se não fosse a sua filha Amelinha, por quem Natan nutria fortes sentimentos, mas ela foi embora e pouca bola deu ao rapaz, que era tido como garanhão, todavia o objetivo da moça era casar e ter familia.

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    2. Falando na história20 de março de 2014 às 11:11

      É por isso que Natan se intitulava o Fabio Junior de Una, não, apenas, pela aparência, mas porque ele era também apaixonado por Amelinha.

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