Por: Phd. José Inácio
Lacerda Moura -Pesquisador/Ceplac/Esmai
Phd. José Inácio Lacerda- Pesquisador da ESMAI/Una |
A Ceplac, através da Estação Experimental Lemos
Maia (ESMAI) localizada no município de Una, está adaptando uma pequena unidade
de processamento de cachos de dendê, com objetivo de produzir azeite de boa
qualidade, ou seja, baixa acidez aliado ao bom sabor. Posteriormente, pretende repassar
todas as informações para os pequenos produtores familiares, principalmente
aqueles que produzem o azeite de forma artesanal.
Funcionário retirando a fruta para industrializar |
A higiene e o início do processamento dos cachos
em, no máximo, 24 horas são fatores que contribuem para a boa qualidade do
azeite de dendê. Talvez o preconceito que se tenha contra o consumo de azeite
de dendê esteja arraigado na associação acarajé versus distúrbios gastrointestinais.
Em parte, esta observação procede, pois salvo algumas exceções, o azeite de
dendê produzido pelos tradicionais “rodões” tem alta acidez.
Funcionário aguardando o ponto certo. |
A razão do azeite dendê produzido pelas
experiências realizadas na Ceplac, em Una, apresentar baixa acidez e bom sabor
comparativamente a outros produzidos no sistema tradicional na Bahia, se deve
em parte ao material genético. Assim, para a produção desse tipo de azeite
usou-se cachos de uma palmeira resultante do cruzamento entre o dendezeiro de
origem africana (Elaeis guineensis) e
o caiaué (Elaeis oleifera), conhecida
como HIE - híbrido interespecífico entre o dendê e o caiaué, ou seja, quando
ocorre o cruzamento entre plantas de mesmo gênero e espécies
diferentes. O HIE herdou as boas
características do caiaué, quais sejam:
baixa acidez, alta concentração de ácidos graxos insaturado ( bom para o
coração ), mais claro e mais uniforme. Acrescente-se ainda o baixo porte e
resistência a pragas e doenças.
Cacho do HIE |
Apenas para esclarecer, o dendezeiro tem sua
origem na Africa e acredita-se que sua introdução no Brasil se deu por volta do
século XVI, por ocasião das viagens de navios transportando escravos entre o
Golfo de Guiné e o recôncavo baiano. Já o caiaué, tem ocorrência no norte da
América do Sul e Central.
Todas as excelentes características do HIE
remetem a uma pergunta: se esse híbrido herdou as boas características
agronômicas do caiaué por que então não produzir óleo diretamente dele? Porquê o caiuaé é de baixa produtividade, daí a necessidade de cruzá-lo com o dendezeiro.
Funcionário preparando a fruta para ir à prensa. |
O HIE foi introduzido na ESMAI através da
Embrapa Amazônia Ocidental. A Embrapa e a Denpasa são as únicas empresas do Brasil
que produzem sementes de qualidade. No entanto, no futuro poderemos estruturar
um trabalho para produzir o HIE, pois existem plantas de caiaué na estação da
Esmai. Nosso objetivo é produzir mudas de HIE e distribuir para aqueles
produtores que realmente estejam interessados em produzir azeite de qualidade.
PhD ou Dr.
ResponderExcluiro seu titulo não se chama de PhD.
Dr. é equivalente ao PhD (Philosophiæ Doctor) atribuído nas universidades anglo-saxónicas. Ou seja, nos EUA ninguém se chama "Doctor" e sim Ph.D. ou PhD (inglaterra) que significa Doutor em Filosofia.
Depois do doutorado, ou Ph.D. você ainda pode fazer um pós-doutorado que consiste em especialização ou estágio em universidade, realizado após a conclusão do doutorado para lhe dar exelencia em determinada área.
O mesmo tem Dr. no Brasil,
José Inácio Lacerda Moura Graduado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná, Mestre em Entomologia pela Universidade Federal de Viçosa e Doutor em Entomologia Agrícola pela UNESP/Jaboticabal.
Espero que a informação sirva para o dono do Blog, pois não autorizei o PhD
ResponderExcluirIsso deve ser inveja.
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