Revoltosos
católicos refutaram ardentemente o artigo do blog “O que eu tenho
a ver com a fé católica?”, no facebook, ao telefone e nos
comentários. O pior são as interpretações maculadas de fanatismo
religioso.
Todos
equivocados. Nosso questionamento é sobre o feriado católico que é
tutelado pelo Estado brasileiro, e é uma afronta a constituição
que não dar definição religiosa ao país. O país é laico. E,
Quanto ao direito de igualdade entre os cultos religiosos e de
culturas. Esses dois pontos de vistas, causaram uma reviravolta, que
até insurgiu um medo de voltarmos ao século XV e este blogueiro ser
jogado na Fogueira Santa.
Vejam
os comentários
Um
disse que o autor foi inconveniente. Qual a inconveniência ser
contra ou a favor de algo? Expressar a opinião?
“Bastante
inconveniente seu comentário hein colega...cada um com sua fé,
respeite a dos demais”.
O
outro comentário já acrescentou dados de que o autor é contra a
Festa de São José. Isto não está escrito.
“É
incrível como Una está quase morta, em todos os aspectos,
econômico, cultural, político, e ainda tem gente que ao menos pensa
em acabar com as poucas tradições que ainda sobrevivem como a festa
de são josé. Eu teria vergonha de me manifestar contra qualquer ato
religioso (de qualquer religião), cultural, de lazer, esportivo, que
ocorresse em Una. Não é dificíl ver que a cidade anda carente de
programas saudáveis!!!!!!!!!”
RESPOSTA
Pois
bem amigo. Não sei se o teu cometário faz sentido com o meu artigo
no blog Una Na Mídia, mas se for, gostaria de deixar claro que não
sou contra a festa religiosa de São José, nem sou contra religião
alguma. Apenas, sou a favor de critério justo de cultuar a fé. Não
sou obrigado a acordar de madrugada, nem de deixar de trabalhar em
dia reservado a fé católica, só isso e nada mais. A prova de que
não sou contra a festa é que publiquei em meu blog toda a
programação, sem ônus ao anunciante. O país é laico meu doutor.
Se um pai de santo faz uma festa de madrugada, certamente alguém vai
acionar a PM para tomar as providências. Se os jovens vai ao posto e
liga o carro de som, com certeza chamam a PM e pq o poder público
tutela e faz com que toda a sociedade der aplausos a atos, que
interessam, apenas aos católicos. Não tenho vergonha de ter
publicado o artigo. DIAS SANTOS TEM QUE ACABAR NO BRASIL!!!!!!
E
o outro disse que o blog dar a culpa dos abusos sonoros, uma
exclusiva da Igreja Católica. Isto não está escrito.
“Amigo
Renê, em parte concordo com suas convicções, no entanto, discordo
no que concerne a culpa exclusiva aos católicos; com certeza isso
acontece nas cidades onde a religião predominante é o catolicismo,
pois quando acontece ao contrário, tais abusos (como você mencionou
tais como: fogos, barulhos excessivos ) os evangélicos também
fazem. Aqui em Brasília isto é uma realidade, tanto que no dia 30
de novembro aqui em Brasília e em todo Distrito Federal é FERIADO
em comemoração ao dia do EVANGÉLICO. Outro detalhe que deve ser
levado em conta é que os feriados aos padroeiros, como também os
dias facultativos, são amplamente amparados pela Carta Mágna de
nosso país. De qualquer forma, meus parabéns pela excelente
matéria, e grato pelas noticias de seu blog, pois assim fico
atualizado com tudo que acontece em nossa querida e simpática Una.
Um forte abraço.”
E
um vereador ligou retado, sem ao menos ter lido a matéria, só por
ouvir dizer. Engraçado é que o parlamentar nunca foi visto na
Igreja, só agora depois de eleito, até cantar ele cantou.
Amigo Renê, bom dia;
ResponderExcluirAtento às postagens de seu blog, hoje deparei-me com a mais recente sob o título de : SANTA INQUISIÇÃO EM UNA. NÃO PODE EXPRESSAR OPINIÃO. Perdoe-me mais uma vez, mas sou obrigado a discordar de ti, pois entendo que seu direito de opinar foi amplamente respeitado, acontece, porém, que seus leitores não são obrigados a concordar com o que você acha ou pensa, pois eles também, assim como você, tem o direito à discordância. Quanto à quem tem a razão, é uma outra história.
No meu modesto entender, a sua matéria tem fundamento no que concerne a sua opinião com relação ao feriado religioso, no entanto, é bastante visível e detalhado a crítica ao catolicismo. Outro detalhe constante em sua narrativa, é que deixa “transparecer” que o direito a manifestação cultural/religiosa é só dos católicos. Pelo que sabemos, o direito é amplamente garantido para todas as seitas e religiões, se essas preferem não aderir ou manifestar-se, é problema de cada uma delas.
Em sua matéria, você afirma que o catolicismo chegou ao Brasil por influência dos europeus. Vale ressaltar no entanto, que o protestantismo também chegou a essa terra por influência dos europeus, uma vez que surgiu em 1517, através de Martinho Lutero, na Alemanha.
Outra crítica direcionada ao catolicismo, é com relação aos comerciantes que são obrigados a fechar o comercio no dia de feriado, que, “ supostamente “ tomam prejuízos por não efetuarem vendas neste dia, e quando abrem, são obrigados a pagar horas extras a seus funcionários. Pois bem, e quando esses comerciantes (inclusive evangélicos) abrem seus estabelecimentos em dia de domingo ? esses que assim agem, desrespeitam o sagrado direito do trabalhador de seu descanso semanal. Outro detalhe: Nas festas consideradas de cunho religioso (semana santa, São João, etc), as quais foram alvos de críticas em sua matéria, tem um fato curioso : Inúmeros comerciantes não católicos, inclusive evangélicos, abrem seus estabelecimentos e comercializam os produtos que são consumidos pelos católicos, criando-se, um verdadeiro paradoxo, ou se preferir, indo de encontro com a noção da pedagogia, ou seja, não cumpre aquilo que prega.
Sabemos perfeitamente que o Brasil é um país laico, mas também é preciso esclarecer que o Brasil é o país mais católico do mundo, e como tal, seus fiéis seguidores tem o direito de cultuar a sua fé, e os não adeptos, tem todo direito de discordar, mas tem a obrigação de respeitar, e vice-versa.
Assim sendo, amigo, ratifico a minha opinião, contestando a sua, quando você afirma que não pode expressar opinião, lembro-lhe mais uma vez, “ ninguém é dono da razão “.
Um forte abraço.
Ocimar Barbosa.