quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Longo período de estiagem atinge o Rio Aliança/Una

Foto: Reinaldo Barreto

Considerado por agricultores uma das maiores estiagem dos últimos (20) vinte anos, o período sem chuva tem atingido os afluentes dos principais rios que cortam o município. Não bastasse o drama crítico, há denuncias de que as fazendas onde cultivam café estão sugando toda a água do rio para a irrigação da planta. 

Na região do São Pedro, por exemplo, um agricultor desviou o percurso natural daquele rio para o interior da sua propriedade. Órgãos de proteção ambiental, inclusive a prefeitura, já receberam a denuncia e estão tomando as providências judiciais e administrativas contra o agricultor.

Segundo os dados da Estação Experimental Lemos Maia/CEPLAC-Una, nos meses de setembro e novembro não choveu nenhum milímetro de água e no mês de junho choveu 209,6 mm, numa média de 6,99 mm/d. A média diária de chuva da região gerava em torno de 60 mm, mas este ano a media mensal ficou em torno de 98,29 mm de chuva. A chuva de um dia e meio caiu durante um mês.

Fonte: ESMAI/Una - CEPLAC
Segundo o técnico da CEPLAC, Rosival Figueredo, o índice pluviométrico é medido pela quantidade de chuva que cai durante 24 horas numa caixa de 1 m², na base. No caso de Una, choveu uma média anual de 3,17 litros por dia para cada metro quadrado. No dia 25 de abril, foi o dia mais chuvoso do ano com 104 mm.

A falta de chuva, além dos prejuízos drásticos à agricultura ainda ocasionam inúmeros focos de incêndio. Nesta semana, um agricultor na região dos Cutias perdeu cerca de 40% da fazenda de cacau, em face do fogo que tomou conta da sua propriedade. No leito da BA 001, sentido Ilhéus, da região do Cajueiro até Olivença, os focos de incêndio são numerosos.

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