quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Uma frase de efeito, e como tem efeito essa frase.


“Eu mudei, errei demais, mas não retornarei ao erro, eu agora tenho formação acadêmica!” Zé Pretinho.

Há quem duvide dessas constantes mensagens transmitidas pelo líder político José Bispo Santos (PDT). E de fato ele mudou, e ainda bem que conseguiu mudar.

Conseguiu desarticular ao menos cinco dos seus pretensos vereadores eleitos, Juvenal Trindade, Romualdo Cardoso, Neilson, Fernando de Ariano e Nato da Ambulância. É que na coligação desses pretensos candidatos, 27 foram sacados pelo Poder Judiciário pelo simples fato de não ter suas filiações concretizadas dentro do período exigido pela Lei Eleitoral. Até mesmo o irmão de Zé Pretinho, Sr. Americo Cristino dos Santos, teve o registro indeferido.

E de quem é a culpa? Claro que o líder não assume a responsabilidade do ato, joga a responsabilidade no seu principal articular político Ronaldo Batista. Porém, Bolico não tem culpa, e verdade seja dita, ele teve acesso à senha dos partidos apenas no mês de dezembro, ou seja, quase três meses após o período de filiação partidária. O homem disse que é tão inocente que até a sua situação é idêntica a dos candidatos a vereador vetado pela Justiça. Sem filiação partidária.

Imaginem que na atual conjuntura da administração pública se exige rigorosamente o dever-poder, onde os gestores estão obrigados a cumprirem a legislação e os prazos por ela exigida, um homem que não consegue organizar um grupo político, chegue a administrar o poder público? O líder Zé Pretinho precisa encontrar os seus dotes administrativos e se esmerilhar, ainda mais, para poder continuar na vida pública, pois senão ele será engolido pela sua própria vaidade.

Na nova filosofia administrativa implantada no país, onde a liberdade financeira do gestor público municipal se limita, apenas, no FPM e receitas próprias (ISS, IPTU, ITBI e algumas taxas e contribuições), esta ultima pouquíssima nos pequenos municípios, os prefeitos são meros gestores de recursos para aplicar as verbas que já vem previamente carimbada pela União ou pelo Estado. Eles devem montar equipe tecnicamente conhecedora da aplicação desses recursos, pois, se assim não fizer, cairá nas garras do Poder Judiciário em ações de improbidade administrativa, ações civis e penais.