quarta-feira, 31 de outubro de 2007

O poder que manda e desmanda

Pelo radialista Renê Sampaio – DRT 6319

Os que almejam o poder autocrático e a dinastia absoluta não medem conseqüência para chegar ao trono e deslancham as suas autocracias sobre o menos favorecido sem, contudo se importar com as drásticas conseqüências. Há aquele que pedem pelo mínimo, todavia existem os que pedem o absurdo de soltar traficantes de drogas e produto de roubo.

Tem gente que até se associa às organizações criminosas para que a elevem ao poder, e até começam a fazer parte diretamente dela quando sobe a rampa oficial, outros pedem por pequenos usuários de drogas e até aos pequenos furtos, porem a impregnação do verbo pedir entranhou no corpo que não sai nem com sal grosso.

Existem comentários de que prefeitos honestos até se afastam de seus gabinetes por não tolerar os pedidos absurdos, e Una já houve um deste exemplo, entretanto há magnatas que assentam seu gordo bumbum sobre a cadeira da chefia e começam a mandar e ingerenciar nos que dependem do seu poder.

O organismo policial nas cidadezinhas do interior é o mais frágil órgão do sistema e depende diretamente do poder do poderoso chefão, vez que não dispõe de recurso do estado, a quem compete à segurança pública, nem para comprar papel higiênico, então passam para a dependência dos magnatas infiltrados no poder.

As autoridades e seus agentes são obrigados muitas vezes a prevaricar sob pena das perseguições e punições políticas, e tem “obrigação” de flexionar. Até a própria legislação penal brasileira já flexionou com o advento à Lei 9099/95, e se a autoridade é dura, recebe o repúdio dos poderosos mandões.

O exemplo das injustiças é que o furto e a apropriação indébita são punivelmente falando, os mesmos crimes. Só que muitas vezes quem furta é preso, porém quem se apropria indevidamente de recursos dos menos favorecidos e não repassa a quem de direito nada sofre, simplesmente por ser o chefe.

A estatística mostra que os pequenos furtos, salvo alguns episódios envolvendo personalidades, são praticados por pessoas carentes, de baixo poder aquisitivo e de baixa intelectualidade, entretanto às apropriações nos poderes públicos por seus chefes, dos recursos federais, inclusive do INSS, passa despercebida pelos olhares das autoridades.

Se João das Abóboras que não estudou e furtou uma pequena quantidade de dinheiro, às vezes para comer, está preso e por que Zé dos Pepinos que é rico, intelectualmente farto, não pode, por ter se apropriado dos encargos sociais de seus funcionários? Certamente porque João não pode comprar pão, todavia Zé esbanja dinheiro, ainda que seja do erário público.

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