Essa vem sendo a projeção do afastado prefeito José Bispo dos Santos, o Zé Pretinho do PTB, que desde seu afastamento no dia 27 de fevereiro, vem sofrendo sucessivas derrotas na Corte da Justiça baiana. Afastado no Caso Matone, o prefeito argüiu já no dia 28 de fevereiro o pedido suspensão de liminar a Presidenta da Corte, que de pronto indeferiu o seu pedido.
No dia 07 de março Zé Pretinho ingressou com Agravo de Instrumento, que foi concedido pela desembargadora Rosita Falcão, porém após manifesto do MP no recurso, a desembargadora reconsiderou sua decisão na íntegra, mantendo o prefeito fora do Poder, por tempo indeterminado, conforme sentença de primeiro grau.
14 de março, data a qual o prefeito escolheu para ingressar com o pedido de Agravo de Instrumento contra o seu segundo afastamento, o Caso das Licitações, que não surtiu efeito diante do desembargador Ailton Silva, e no dia 23 de abril o martelo foi batido decidindo indeferir o embargo, impetrado por Zé Pretinho.
Por fim achando dificuldade em obter êxito nas reformas do Juiz Dr. Ricardo Dias de Medeiros Netto e nas denuncias do Promotor de Justiça Dr. Marcio Clovis Bósio Guimarães, o prefeito resolveu se declarar inimigo do Juiz, numa Ação de Exceção de Suspeição, que também não teve seus argumentos aceitos no tribunal.
O prefeito possivelmente deva desistir da batalha judicial e aguardar os prazos de seus afastamentos, porém tem uma luta política, junto a seu Processo de Cassação que tramita na Casa Legislativa. Existem informações de que no Superior Tribunal de Justiça, a pauta para esses tipos de recursos esteja obstruída até o ano de 2009, o que inviabiliza o prefeito ir a Brasília, em busca de retornar ao cargo.
No dia 07 de março Zé Pretinho ingressou com Agravo de Instrumento, que foi concedido pela desembargadora Rosita Falcão, porém após manifesto do MP no recurso, a desembargadora reconsiderou sua decisão na íntegra, mantendo o prefeito fora do Poder, por tempo indeterminado, conforme sentença de primeiro grau.
14 de março, data a qual o prefeito escolheu para ingressar com o pedido de Agravo de Instrumento contra o seu segundo afastamento, o Caso das Licitações, que não surtiu efeito diante do desembargador Ailton Silva, e no dia 23 de abril o martelo foi batido decidindo indeferir o embargo, impetrado por Zé Pretinho.
Por fim achando dificuldade em obter êxito nas reformas do Juiz Dr. Ricardo Dias de Medeiros Netto e nas denuncias do Promotor de Justiça Dr. Marcio Clovis Bósio Guimarães, o prefeito resolveu se declarar inimigo do Juiz, numa Ação de Exceção de Suspeição, que também não teve seus argumentos aceitos no tribunal.
O prefeito possivelmente deva desistir da batalha judicial e aguardar os prazos de seus afastamentos, porém tem uma luta política, junto a seu Processo de Cassação que tramita na Casa Legislativa. Existem informações de que no Superior Tribunal de Justiça, a pauta para esses tipos de recursos esteja obstruída até o ano de 2009, o que inviabiliza o prefeito ir a Brasília, em busca de retornar ao cargo.
Após incasáveis derrotas e certamente a um alto custo financeiro o prefeito afastado, segundo informações não confirmadas pelo blog, decidiu passar o final de semana em Una e muito abaixo do peso. Se não fosse o largo sorriso poderia até se confundido com o seu mago (magro) irmão Antonio Bispo dos Santos, o Milí.
A propósito, Drummond parecia prever o futuro.
JOSÉ
Carlos Drummond de Andrade
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José ?
e agora, você ?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama protesta,
e agora, José ?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José ?
E agora, José ?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio - e agora ?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora ?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José !
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José !José, pra onde ?
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José ?
e agora, você ?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama protesta,
e agora, José ?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José ?
E agora, José ?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio - e agora ?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora ?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José !
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José !José, pra onde ?